Para um paciente diabético
dependente do uso de insulina, toda e qualquer variação nos níveis de
carboidratos ingeridos acarretam variações nos níveis de insulina ministrados.
A qualidade, bem como a quantidade dos carboidratos consumidos são
determinantes para as taxas glicêmicas do indivíduo e eles não podem ser
abolidos da dieta, pois, além de serem fonte energética, especialmente para o
cérebro, contribuem com fibras, vitaminas e minerais.
Os carboidratos são encontrados
de duas formas nos alimentos: a simples e a complexa. A primeira é constituída
de sacarose, lactose e frutose, não demanda processos digestivos e logo após
sua ingestão há aumento na glicemia. A segunda é constituída principalmente de
amido, necessita de um processo digestivo demorado e, por esse motivo, o
aumento glicêmico é lento e gradual. Basicamente, a principal diferença entre
elas está no tempo decorrido entre a ingestão e a chegada da glicose ao sangue.
Após a glicose chegar ao sangue,
sua entrada nas células é intermediada pela insulina, que pode ser comparada a
uma chave que abre as portas. Dessa forma, não podemos viver sem o hormônio, já
que se as portas não são abertas, a glicose não desempenha seu papel
nutricional e é como se os alimentos não fossem utilizados, levando à
desnutrição progressiva. Quando a insulina é produzida normalmente, grandes
refeições são compensadas com a alta produção hormonal, assim como o jejum é acompanhado
da quase interrupção na produção. Se a pessoa é diabética, esses processos não
ocorrem e é preciso intervenção por meio da administração externa de insulina.
Recomenda-se que pacientes
diabéticos consumam cerca de 50% das necessidades energéticas totais em
carboidratos, uma porcentagem semelhante à recomendada aos não diabéticos.
Esses carboidratos devem ser consumidos de diversas maneiras: frutas, verduras,
grãos, massas etc., desde que supridos por doses adequadas de insulina. Assim,
o plano alimentar e a administração da insulina devem ser individualizados.
Há situações específicas que podem causar mudanças na relação
carboidrato-insulina. Uma delas é a prática de exercícios físicos pelos
diabéticos. Geralmente a orientação é que o sujeito consuma 15 gramas extras de
carboidrato antes das atividades. No caso de pacientes obesos, a adequação
entre os exercícios físicos e a relação carboidrato-insulina se dá pela redução
na dose de insulina e não pelo aumento do consumo de carboidrato.
Toda atenção é necessária na hora dos cuidados
com o diabetes. Pacientes que não se tratam podem ter complicações como
dificuldades de cicatrização, neuropatia diabética, nefropatia diabética,
retinopatia diabética e disfunções sexuais.
postado por: Halane moreira
Referência: http://www.portaldiabetes.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=7848
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